domingo, 31 de agosto de 2008

Sem rumo

Deixe-me dançar com a minha vida
Deixe-me bailar com o Crepúsculo

Pelas ruas vago
Cambaleante e sem rumo
Vejo a queda
Vejo a miséria, o caos, a fome e a peste.

As sombras ocultam
Meu olhar de desgosto
Minhas assas escondem
Meu corpo agora já debilitado

Meu orgulho
Me fez cair, de abismo em abismo
Agora por ele, procuro minha ascensão

Tornei-me uma lenda
Uma farsa, um fato

Meus atos são nobres
Tento erguer todos
Me orgulho disso
Mas será que algo poderia me fazer parar de cair?

Para alguns sou um anjo
Aquele que sempre tem razão
E faz o possível para não deixar ninguém cair
Mas quem enxerga o caos nos meus olhos?

A cada passo
Busco alguém que me faça ascender
Tenho objetivos, mas não sei meu rumo

Eu conheço o abismo
Eu conheço o céu

Talvez esteja caminhando
Para meu próximo abismo
Uma nova queda
Mais um crepúsculo

Só espero
Que nessa minha jornada sem rumo
Encontre minha derradeira queda
Ou o anjo que me ajudará a ascender

Sou o anjo caído
Não quero mais puxar ninguém
Mas eu busco o anjo que me fará me levantar

Além

Lá vou eu novamente
Tentando mais uma vez ser um bom poeta
Escrevendo sobre tudo que por você meu coração sente
Tentando retomar nossas declarações com um papel e uma caneta

Às vezes sinto que subi tão alto
Que minhas sinas não podem mais me alcançar
Sinto que agora o motivo que escolhi para me mover é mais doce que todos os outros
Que estranho, parece que esse amor supera minha capacidade de poetizar.

Não sei mais se devo comparar o fato de te amar
Com uma montanha ou com um abismo
Mas comecei a não mais me importar

Se soubesse o quanto é difícil tudo isso mensurar...
“Te amo”
Mas suponho que ao menos dê para você imaginar

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Só para você

Os demais pensamentos
Vão pouco a pouco cedendo lugar
A uma eufórica letargia
As palavras que podiam fazer um belo poema
Cedem seu nobre lugar a um beijo

Se esse poema
Parece feito por um menino apaixonada
Ou por um exímio poeta
Ninguém quem poderá dizer
Afinal fora você esse poema não interessa a ninguém

“Tua voz é melodiosa” “Teu olhar é encantador”
E assim descrevemos um ao outro
Incansavelmente roubamos um dos lábios do outro o que este iria falar
Seriamos nós que combinamos ou seria nossa visão
Distorcida pela paixão?

Quando estou contigo
Vêm os poemas a minha mente
Tão facilmente que mal posso organizá-los
Mas quando com calma, longe de você, tento escreve-los
Eles saem com dificuldade...

Eu busquei os vícios
Eu busquei o abismo da loucura
Ciente das fatalidades a que me expunha
E tenho a sensação de que com você tenho tudo que desejei
Seria este o passo derradeiro?

Tudo parece queimar por dentro com tal intensidade
Os olhos alheios já não repreendem
Não me sinto mais pisando no solo firme da coerência
Sinto-me enlouquecer
Sinto-me alem do horizonte...

Ao fim de tudo isso
Dane-se o mundo
Danem-se as convenções e definições
Não existe mais o sentido nas coisas
Talvez tenha enlouquecido...

Será você meu precipício?
Odeio e amo cogitar essa possibilidade
Paradoxo, talvez
Ou até confuso
Estou enlouquecendo e a culpa é tua

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Frases

Vou tentando responder
A cada poema que me faz
Pouco a pouco
Minhas palavras vão se esgotando
E fico procurando por frases tão lindas quanto você

Então me vem à mente
Quando estamos juntos
Abraçados
E em seguida vem a minha mente quando você se despede de mim
E nesses horas meu único consolo é saber que te verei no dia seguinte

Com você
Meu clássico aperto no peito
Some
E minhas preocupações simplesmente
Parecem ceder lugar a uma entorpecente euforia

Sinto que a cada momento contigo
É um momento que tento te conquistar mais
Tentando te tornar mais “minha”
Mas também acabo sendo conquistado mais
Como se bailássemos numa dança em que um tenta se sobrepor ao outro

Você realmente sabe me deixar sem saída, quando não me tira as palavras falando
Tira-as tomando da minha boca com teus lábios
Uma coisa que poucos imaginam é como é difícil responder um “Te amo”
Quando você não pode, nem quer, mensurar
O quanto gosta da pessoa, em uma frase tão simples.

Noites a fio


As janelas batem, a chuva as flagela incessantemente
Ao fundo se escuta a décima segunda badalada
Teu coração dispara, inconscientemente notaste minha presença
O vento entra pelas janelas apagando as velas
Você escuta meus passos atrás de você

As trevas nos envolvem
Te tomo em meus braços
Sinta minha respiração na sua nuca
Murmuro meus indecentes e mágicos desejos
Ao pé de seu ouvido

Tuas pernas tremem querendo te jogar ao chão
Mas eu te prendo contra meu corpo
Nos dançamos em meio a penumbra
Nossos corações e suspiros dão a musica
Te beijo intensamente, e te deito na cama

Nossos corpos continuam dançando
Nos entregamos a esse amor que nunca teve nada de inocente
Sentimos que subiremos ao paraíso juntos
Mas nossos corpos parecem arder no fogo do inferno
E nossa vida parece que se esvairá no próximo suspiro

Entre incontáveis suspiros gemo ao pé do seu ouvido meu amor
“Agora teus gemidos de prazer são minha única melodia”
Queimarei no paraíso junto a ti
Noites a fio te tomarei para mim
E por incontáveis vezes nossos corpos se farão apenas um

Dark Land

Início

Lá os mares urram
Os céus estão em chamas
O paraíso se tornou nefasto

Contar-vos-ei a lenda de um lugar maldito
Uma ilha afastada do mundo
Onde os filhos da noite travam seu ultimo e eterno combate

Das trevas surge um lobo
Que constrói com o seu sangue e com sangue alheio
O campo de batalha
Mas as coisas não iam bem

Os guerreiros pediam sangue
Queriam construir sua historia em cima de ossos
Eles clamavam por mais furor

Dentre os guerreiros vampíricos
Um que havia a primeira vista aparecido sem mais pretensões
Começa a se destacar

O lobo senhor daqueles campos de batalha
Nota o potencial do vampiro
E para ele concede seu trono de poder
Aquelas terras encontraram um novo senhor.

A cada passo uma nova era
E será que existe amanhã?


Dark Lady

Os ventos
Provocados pelos gritos dos vampiros
Clamavam por um novo líder

Os exércitos vampirícos careciam de um novo líder
Todos se levantavam para o ser
Mas esse título não poderia a qualquer um ser dado

Pelo senhor daquelas terras
O enigma seria dado
Uma nova disputa se iniciava
Qual seria o vencedor?

O enigma havia sido jogado
A espada estava encravada na rocha
Quem teria o espírito para tirá-la?

Merlim enfincou a espada na pedra
Vários guerreiros fortes tentaram tira-la
Tudo em vão, cada gota de suor, em vão

Assim tudo se deu
Até que uma vampira fez sua tentativa
Com uma resposta obvia, mas que ninguém cogitaria
Resolveu o enigma

Por estar de baixo do nosso nariz o obvio é o ultimo que olhamos
“Você a colocou lá, você sabe como tirar”


Nascer da morte

Com o grande crescimento
Grandes pestes aparecem
666 guerreiros

Essas terras viviam um período prospero
A cada dia mais guerreiros sedentos de sangue
A ela chegavam

Mas a morte começaria a passear
Impunemente por aqueles campos
Levando alma por alma
Nascia o Deathlord

O novo enigma era lançado
Quem carregaria o fardo dos mortos?
Os corpos pesariam

Com correntes ela foi amarrada ao fardo
O arrastaria até que alguém resolvesse seu mistério
Quem teria coragem de olhar no fundo dos olhos da morte?

As palavras eram ditas com pesar
“My name I stained
with the blood of my victims
from the end to the very start”

Quem seria mais terrível encarar
A morte ou a vida?


Mortos

Atraído por um chamado
Um uivo desesperado
Ele inconscientemente vinha em socorro dela

O tempo daquela que carregava o fardo dos mortos
Estava se esgotando
A cada dia um guerreiro morria

Um jovem guerreiro chega
Nada perecia superar sua insolência e arrogância
Pouco a pouco em sua infantil loucura
Começa a olhar na face do mistério

A resposta era obvia
Mas não podia ser enxergada
Quem melhor que um filhote louco para notá-la?

O tempo esgotara
O sangue dela escorria
Numa atitude desesperada, mas bem pensada ele responde

A ciclo não poderia girar ao contrario
Mas ela voltaria maior do que um dia já foi
Agora ela voltava como líder
E aquele filhote inconseqüente tornava-se general dos infernos

Tudo caminho a frente, mesmo que pareça voltar
Até mesmo o pós-vida tem um alem.


Inicio de uma nova batalha

Tempos conturbados se anunciavam
O antigo senhor daquelas terras havia “morrido”
E os exércitos pareciam perdidos

Nova ordem naquele lugar se erguia
Mayara agora era a senhora daquelas terras
E Panydes agora se tornava a líder dos lobos

Das trevas pouco a pouco um misero zumbi
Começa a tomar a forma de um dos vampiros mais poderoso daquele lugar
Merlim estava de volta
E agora erguia a espada que comandava as legiões vampirícas

De um lado o antigo senhor daqueles campos e as legiões vampirícas
De outro
A que carregava o fardo dos mortos e as hordas licans

Um antigo lobo garantia a vitória
Dois vampiros tinham no estandarte as cabeças de seus oponentes
O general dos infernos lutava como um condenado contra uma vampira que carregava junto ao peito

Os lobos encontraram uma triste derrota
Sua líder havia desaparecido
E poucos deles ainda restavam
Mas eles voltariam a se reerguer

Quem cairia amanhã? Quem levantaria dos infernos?
Quem melhor que a areia para responder isso?


Ascensão

Um líder cai
Outro se ascende
Num jogo de eternas luzes que se ofuscam

A antiga líder lupina havia desaparecido
O lugar de líder das hordas licans estava vago
E como tudo no universo isso também girava

Pelo vampiro que agora não era nem senhor nem líder
Apenas uma das figuras mais ilustres daquelas terras
Era lançado um novo enigma
Para escolher alguém que merecesse o posto de líder

Muitos cobiçavam
Muitos lutavam por
Mas poucos poderiam realmente o ter

Vários lobos surgiam para obter o prêmio
Eram lobos, mas pareciam corvos que espreitavam um cadáver
Mas daquele confronto só sairia um vencedor

Alguém respondia ao enigma
O antigo general dos infernos agora era o novo Warlord
Ele saia do posto de simples guerreiro
E assumia de fato o lugar de líder

As vezes a seleção natural parece errar
Mas os erros nada mais são que acertos não maduros


Novos olhos

Pouco a pouco
O ódio ia perdendo sua razão
Como uma chama que quer avançar sobre o mar

Muito tempo se passou
Desde o inicio da guerra
Cabeças rolaram e tiros foram escutados

Uma idéia já tinha raízes na mente de um antigo general
Essa idéia era a de paz entre ambas as raças
Ao ver dele
Por que irmãos de trevas tinham que ser inimigos?

A idéia parecia forte
Mas apenas um general não poderia sustentá-la
Ele precisaria de apoio para isso

Uma vampiresa conhecida por muitos
Compartilhava das mesmas idéias
Daquele já velho general

Agora juntos
Naquelas terras eles erguiam uma nova torre
Um novo império nascia
A terceira ordem

Adversários não são inimigos
E muitas vezes não existiriam um sem o outro

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Mais e mais

Fecho os olhos e inspiro calmamente
Teu perfume que está na minha camisa
Invade meus pulmões
E como um gás alucinógeno
Vai tomando minha mente

Pouco a pouco vou lembrando
Das nossas cenas
Cada sórdido detalhe
Cada carícia lenta e apaixonada
Cada gesto nosso

Olho-te nos olhos
E sinto que a medida de quanto te tenho
É a medida de quanto mais te desejo
E a cada momento contigo
Vou te desejando mais e mais

Mas quando estou longe de ti
Me dou conta do espaço que existe no meu peito
O espaço em que você sempre deita a cabeça
Sinto tua falta como se estivesse me faltando um pedaço
E isso me faz te desejar mais e mais

Quando te vejo dançar
Provocante e lentamente
Estreito os olhos
E penso que você é algum reflexo
Fugitivo de algum dos meus sonhos reprimidos

Sempre tão linda
Te vejo na luz e percebo toda sua beleza
Quando à meia luz vejo o brilho que só seus olhos tem
Quando sem luz, procuro sentir teu corpo com o meu
De algum modo estou sempre contemplando tua beleza

Desejo-te
Mais e mais a cada momento
Com todo meu corpo
E com toda minha alma
E clamam para ser um junto a ti

domingo, 3 de agosto de 2008

Ao pé do teu ouvido

Murmúrios e sussurros
Belas músicas ao fundo
Deixe-me murmurar no teu ouvido
O quanto gosto de você
Bem baixo para que só você possa escutar

Eu poderia gritar
A altos brados para todos ouvirem
O quanto te amo
Mas nunca me importei com a opinião alheia
Por isso a eles nada interessa o quanto te amo

Coisas importantes como essa
Só interessam a você
Deixe-me sussurrar no teu ouvido
O quanto gosto de você
Bem baixo e com carinho infinito

Nossos lábios se tocam
A meia-luz ilumina teu rosto
E quando lhe olho novamente
Teus olhos estão fechados e você sorri de leve e magicamente
Como se estivesse sonhando

Lembro dos poemas que você me escreveu
Leio e releio cada um deles
E fico imaginando
Teus lábios se movendo calmamente enquanto
Sussurrá-os

Poderia até dizer
“Por você faço o possível e impossível para ser perfeito”
Mas isso seria uma mentira se falasse agora
Pelo simples motivo
De não me preocupar com perfeição em relação a nós

Simplesmente te adoro
Sem me preocupar com o que os outros acham disso
Sem me preocupar com as definições que usaremos para descrever
Pois isso nada mais faz alem de nos limitar
Apenas me deixe sussurrar meu amor ao pé de teu ouvido

Mais esta noite

Já é madrugada
Penso em você
E as palavras para uma nova poesia
Vem numa torrente, como uma grande cascata

Olho para o espaço na minha cama
E imagino que podíamos estar juntos
Podia te ter em meus braços por mais tempo
Sentir teu coração pulsando e o cheiro do teu perfume

Sinto falta dos teus lábios
Tirando as palavras da minha boca
Sinto falta do teu corpo
Contra o meu, dançando e dançando

Sinto que meus desejos
Se tornaram uma faca de dois gumes
Desejava alguém que de algum modo
Fizesse-me pensar menos, e agir mais instintivamente

Agora eu encontrei
E mal consigo escrever este poema
Tantos sentimentos, que não consigo organizá-los
Como a noite, que não pode ser parada

Mais esta noite
Dance comigo, dance querida
Ao passo do pulsar dos nossos corações
Deixemos suas batidas darem nossa musica

Agora com você em meus braços
Entrelaço nossos dedos
E com desejo murmuro ao pé do teu ouvido
“Aceita ser minha, amor meu?”

E se gosto de você cada vez mais?

Você fala que sou um bom ouvinte
Mas eu sei que falo de mais para o ser
E tenho certo receio
Que você se canse
Mas fazer o que... Adoro a magia das palavras

Estou fazendo esse poema
Mas só o que queria
Era contigo estar
Falando ele em seu ouvido
Ao passo de cada elogio

Sabe porque?
Pelo simples fato de que isso é tudo que eu acho
E também
Porque, segundo você própria, sou um sedutorzinho
E adoro lhe ver sem jeito, sem saber exatamente o que fazer

Meus poemas são longos
Sou sempre tão romântico e cavalheiro
Cansei de ter tudo sobre tão pleno controle
E você me faz perder um pouco a ação, faz tudo mais natural
Um dos motivos para gostar tanto de você

Se falo ou não te amo
Não me importo
Afinal isso seria só uma palavra
Por isso prefiro em vez de ficar falando
Ficar medindo teu silencio, tuas palavras e teus olhos

Você tem a mania de achar que me incomoda
Só porque fico em silencio perto de você
Mas você é justamente
Uma das pessoas que mais gosto ter perto de mim
Adoro te ter ao alcance das minhas mãos

Mas odeio ter que me despedir
Odeio ter que dizer
”Au revoir”, “Tchau”, “Até mais”
Por isso deixarei esse poema, que nem é tão poético
Sem um fim exato.

Lúcifer


Seu nome blasfema a vida
O anjo caído

Fui o anjo mais brilhante
Subi ao mais alto patamar
Enfrentei as hostes sagradas
Corrompi os anjos.
E fui condenado por ser realista.

Provei com o meu supremo orgulho
Que o Altíssimo
Não passava de um mero e mesquinho demônio
Meu “erro”
Seu erro

A voz dele amaldiçoa os sete ventos
E fazem brisa tornar-se tempestade

Estive lá
Quando a humanidade cedeu
Aos meus propósitos
Antes mesmo de conhecer o bem e o mau
Eu sou a face da tentação

Estive lá
E corrompi Sodoma e Gomorra
Provoquei o pecado até mesmo Nele
Fiz a ira Dele
Destruir sua própria criação

Ele conhece cada palmo do que está oculto
Cada desejo, cada medo, cada fraqueza

“Meu nome é legião
Porque nós somos muitos”
Estou em cada canto desse mundo
Dentro de cada um há minha semente
A humanidade me conhece muito bem

Sou eu o flagelo da humanidade
Aquele que pelo vento carrega as pestes
Pelo mar afoga os marinheiros e engole os barcos
Pela terra devora os templos Dele
E pelas chamas castigo as almas humanas

Ele é o imperador maligno
Que só o império pode parar

O nome Dele não deve ser evocado
Em vão
O meu quando é declarado
Faz os reinos afundarem
Em caos e desespero

Minhas palavras carregam razão
Eu conheço cada uma de tuas franquezas
Cada um de teus medos e desejos
Você teme escutar minha voz ao pé de seu ouvido
Eu sou a proposta irrecusável

Ele é o portador da luz
É o senhor das chamas da destruição

A humanidade me teme
Mas me aceitou
Ela me conhece muito bem por sinal
Ela poderia fazer o que Ele não fez
Mas será que ela realmente está preparada pra isso?

Sussurros na noite

Na penumbra dança uma pena
Escrevendo a negro sangue
Sussurros sobre as alvas paginas

Um homem de mil faces
Varias bocas para beijar a noite
Olhos que vêem varias estórias
Para cada musa um herói
Poeta das sombras...

Meus olhos vêem as lamurias de seu sorriso
Meus olhos vêem o homem sem reflexo
Meus olhos vêem a bela musa que se esconde atrás de uma máscara
Muitos olhos
Assim como a noite

A penumbra dança com ele
O violino sem cordas toca
Feliz mergulhou em sua loucura

Preso a corrente
De por enigmas e metáforas falar
Sobre mim, de maneira simples me expressar
Não é permitido
Poeta das sobras...

Senhor das frases já citadas
Fui preso pela minha mais querida musa
As palavras limitam a boca
Enquanto estiver falando não poderá beijar
Mas ainda me resta a noite para me acabar

Escutando as razões dos loucos
Sem uma face clara
Ele é assim... Poeta das sombras

Mea Culpa?

Lá no fundo
Tenho medo que a lua não volte a aparecer
Caso algo realmente lhe acontecer

Sinto que de algum modo
Tornei-me responsável
Por tuas lagrimas caso elas caíssem
E pelos teus sorrisos caso os desse

Às vezes sinto-me tentado
A fazer promessas que sinto que não impossíveis
Que farei tudo valer a pena
Só queria poder falar isso
Sem medo de falhar...

Por você esqueço algumas promessas
Promessas não impossíveis
Mas que fiz a mim mesmo

Sem você pedir
Por você feri o que mais amo
Meu orgulho
Porque lhe amo, mas lhe odeio... Ao mesmo tempo

Senti coisas que não me permitia
Duvidei de mim mesmo
Em relação a isso eu me perco
Não sei se devo lhe odiar
Admirar ou amar...

Porque você tinha que fazer isso comigo?
Porque você tinha de me amaldiçoar/abençoar desse modo?
Você me livrou das minhas sinas, me fez um humano fraco.
Blasfemo teu nome por ter feito isso, eu te odeio.
Mas tudo isso porque
Do fundo do meu coração eu te amo