sábado, 21 de julho de 2012

Sobre Rosas e Tango


Talvez outro homem curvar-se-ia e te presentearia com a rosa
Eu preferi mantê-la comigo e puxar-te para dançar
Te segurando forte pela cintura e pressionando teu corpo de encontro ao meu
Deixando evidente meu desejo de sermos como um só

Nos pontos altos da música, nos nossos passos e rodopios quase violentos
Nossas silhuetas se confundiam, nossas almas se tornam apenas uma
E nessa hora sentíamos aquela sensação sem igual
Doce como um sonho que não lhe permite acordar, sutil como um pesadelo que lhe desperta suado

Se eu pudesse lhe dar qualquer coisa nesse momento, não seria o céu ou a lua
Mas sim o que eu sinto quando sinto teu corpo no meu
Sua perna segurando a minha, seus dedos roçando de leve meu pescoço, meu braço envolta da sua cintura
Mas sei que pra cada uma das coisas que sinto nesse momento, você tem uma equivalente

Ao fim da música mesmo que nossos corpos se separem, nossas almas continuam juntas, dançando
Nossos olhos se acompanhando, um reagindo ao olhar do outro
É então que num movimento de intimidade e lascívia
A rosa que antes mantinha comigo acaba indo parar no teu decote, é, acho que é esse o lugar dela