quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Deturpado...

Porque eu tenho que ver
Teu rosto na penumbra?
A cada noite, a cada passo
Sempre que as luzes se apagam
Lá estará teu rosto, em cada moldura.

Vejo-te tão distante...
Envolta por neblina
Como um fantasma
Mas afinal... Sempre estivemos distantes não é?
Envoltos em neblina, envoltos em mentira.

É duro ver o quanto coloquei a perder
Logo eu, que sempre fiz tudo de forma tão minuciosa.
Um erro e tanto... queimando
Eu acreditei que as chamas seriam como eu...
Que não pudessem lhe tocar, mas eu estava errado.

Só enxergo um império de caos e chamas
Não há mais razão
Apenas sombras dançando e gritando de maneira confusa
Nem mentira, nem verdade
Apenas deturpação.

Queria-te para mim
Mas você continuará sendo um fantasma
Mesmo sendo um fantasma estará se distanciando cada vez mais
Mesmo sendo um fantasma a única coisa que queria era você
...Tão deturpado...

Desde o início
Sempre tão deturpado
As palavras não jogam mais juntas
Essa confissão e minha mente... Iguais
Vejo apenas caos

Você sempre esteve comigo
Sempre que te buscasse com os olhos... Você estaria ali
Agora fujo do teu rosto
Um anjo?
Ou um fantasma?

Sabemos os dois
Que você lerá esse poema
E saberá que é para você
E se ainda valer alguma coisa... Meu sussurro em meio a tanto caos
Tudo que desejo, tudo que quero se resumi ao teu nome.