quarta-feira, 11 de junho de 2008

Ceifador

Quando o sol dorme
Eu me levanto
De meu eterno sono
Para na noite reinar
Sou aquele que caminha pelas sombras

As trevas emergem
O medo avança

Os sinos da catedral
Soam a derradeira décima – segunda badalada
Começa meu reinado
Fujam!Fujam para longe
Pois hoje a morte caminha

Ele vaga pela eternidade
Não pode ser morto ou ferido

Minha passagem é marcada pela morte
As sombras escondem minha face
As trevas ocultam meu ser
Eu não posso ser parado
Meus olhos te encontram

Pela noite ele caminha
Dilacerando sonhos


Meu reino domina
Meu reino conquista
Meu reino drena
Sou aquele que a morte
Esqueceu a séculos

Sua beleza pode ser a de um anjo
Mas sua alma é a de um demônio

Sou aquele que ceifa
Vidas, almas e sonhos
Não sinto medo
Não sinto dor
Sou o senhor da morte!

Suas presas são de diamante
Diamante que corta o sonho e o sentimento

Silenciosamente entro em teu quarto
Você sente

Uma respiração gelada sobre teu pescoço

Minhas assas negras cobrem teu corpo

Você sente medo, mas não foge

Ele a olha
Desejando seu coração e sua vida

Em teus ouvidos sussurro
Promessas doces e reinos eternos
Venha para mim
Minha bela dama
A eternidade lhe aguarda

Os inocentes olhos da jovem
Miram os deles


Venha
Não existirá mais medo
Não existirá mais dor
Os limites serão inexistentes
Só existirá a nossa paixão pela eternidade

Ele toca o rosto da jovem
Roubando seu coração

Seremos só você e eu
Em um eterno reino de magia e mistério
Venha
Caminhe a meu lado
Se torne minha rainha

Um beijo
E tudo estará terminado

Toco seu pescoço
Com meus caninos de diamante
Você da um leve gemido
Mas logo não existirá
Mais medo ou dor

Ele com um beijo
Ceifa a vida e dá a morte

Nenhum comentário: