As trevas penetram meus olhos
Sinto o fim correr por minhas veias
A cada passo sinto a presença Dela
Caminho pesarosamente em meio à névoa
A neblina deixa tudo cinza
Não posso chamar isso de vida
Mas também não posso chamar de morte
A areia do tempo cai sobre meus olhos
Escuto as badaladas da eternidade
Mas o grito está preso em minha garganta
Afogo-me em angústia
As lagrimas secaram por causa da areia do tempo
Afundo num mar de melancolia
Sem direito a morte
Na eternidade vago
Em meio às sombras
Em meio à neblina
Em coro as sombras cantam o meu réquiem
O réquiem da melancolia
O réquiem da eternidade
A mais bela e terrível canção da minha existência
Açoitam minha alma
Os meus gritos...
Os gritos que estão presos em minha alma
O silêncio é tudo que existe aqui
Aquelas que não podem escorrer por minha pálida face
Aquelas que secaram com o passar do tempo
Estou preso a uma eterna prisão de dor
A esperança já se foi, para mim só resta a melancolia
Em meio à neblina e trevas
Um canto fúnebre segue meus passos
Pela eternidade vagarei
Sem rumo e sem futuro
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