A lei está presa
Condenado! Condenado!
Numa mão o cetro supremo
Na outra a espada da justiça
Sua coroa é sua máscara
Minha mão está por trás e à frente das legiões
Meu nome não é evocado
Estou mais próximo ao céu
Do que qualquer homem
Tão alta ela se ergue
Que está acima das nuvens de angústia
Tão alta a construí
Que não há mais como descer dela
Condenado! Condenado!
Ele não pode ser dito
Minha alcunha é temida
Só ela é lembrada
Não pertenço ao mundo dos mortais
Ela foi arrancada
Minha coroa é minha maldição
Ela é o estandarte
Não pertenço ao reino dos homens
Condenado! Condenado!
Acima das Bestas, acima da verdade
Acima do Homem, acima de si mesmo
A Morte não pode me alcançar
Não escuto mais o gemido das horas
Todas as espadas estão cegas para mim
Não sou Homem
A loucura toca minha mente e sussurra ao pé do meu ouvido
Com minhas unhas retalho minha carne
Tentando afastá-la
Não sou Besta
Estou em cada sombra, em cada luz
Escuto cada murmúrio
Sou a lei e a verdade
Carrego a mácula
Não sou Deus
Condenado! Condenado!
Eu carrego seus pecados
Eu conheço suas angustias
Mas não me acho digno
Da coroa que eles me colocaram
Estou alto de mais
Meus ferimentos ninguém contemplou
A armadura e as vestes reais os ocultam
Sou o Imperador
Condenado! Condenado!
Não é Deus, nem arcanjo, não é demônio nem homem
Ele é o Imperador
Aquele que carrega o cetro e os pecados
Eu sou o Imperador
Aquele que carrega a loucura, mas se mantém sano
Eu sou o Imperador
Quem lutaria por eles?
Meu império, meu povo
Minha dor e ao mesmo tempo
Meu único amor
Eu sou o Imperador
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