O anjo e o demônio

Ensinas-te esse demônio
A amar
Um demônio que a muito
Não se lembrava do que
Era um sentimento

Usas-te do fogo
Do teu coração
Para criar um para mim
Nunca imaginaria
Que tal ato fosse possível

Usas-te da tua ternura
Para acalmar esse demônio
Tu és calma como o rio
Rio de outono
Que só existe em sonhos

Usas-te de tua leveza
Para fazer esse demônio
Entender teus pensamentos
E sentimentos que sobre ele tinha
Leveza só comparável com a brisa

Usas-te da tua força
Para lutar por esse demônio
Pois nunca saiu do lado dele
Nem em seus momentos de ira
Forte e resistente como o solo em que piso

Quebras-te a armadura
Desse demônio
E feriu seu coração
Para poder mostrar a ele
Que tinha um

Oh anjo que faz
Esse demônio
Que sou eu
Levantar-se do mais fundo abismo
Para chegar ao mais alto pico
Apenas para ficar a teu lado

Meu eterno anjo...