quarta-feira, 11 de junho de 2008

A fera

Quando seu caminho
Comigo cruzar
O fim encontrarás
Se meus olhos mirar
O caos irá te tomar

A criatura uiva pela noite
Despertando o medo e o caos


Se tiveres medo do desconhecido
Serei seu pesadelo
Sou tua realidade adormecida
A fera oprimida
Que arrebentou as correntes

O som das correntes se soltando
Seus ossos se quebrando


A luz da lua revela tua verdadeira face
Revela teu Eu
Sou tua realidade oprimida
A fera adormecida
Que nessa noite, as sombras não mais escondem

O brilho dourado de seus olhos
Fogo infernal que consome

Você teme imaginar do que é capaz
Eu te mostrarei seu temor
Te revelarei você mesmo
Uma jovem criança
Um filho da noite

Ele é negro como a escuridão
Ele é rápido como a luz

Sou eu quem enxerga no espelho
A mascara que criou agora se dissolve
A fera esta liberta
O espelho se arrebenta
Sua razão foge com medo

Suas presas
Facas que retalham até a alma


Teus sentidos se apuram,a luz da lua transforma seus sentimentos
A janela da realidade e da loucura é quebrada
Você sente, são sentimentos de mais para teu peito
Ele parece que arrebentará
Sim sou eu me libertando!

Quando a criatura ofega
A morte paira no ar

A luz revela o que esta escondido
A chave liberta o que estava aprisionado
Encontra-se o fim para poder de novo começar
Esse sou eu, esse é você
A fera

Ele destrói, ele se dilacera
Ele mata, ele se corrói

Aprenderá que para o caos basta haver ordem
Para se morrer basta estar vivo
Mas que para se sentir não basta olha ou escutar
Tem que enxergar e entender
Comigo aprenderá que se o ódio pode ter também poderás amar

Ele cria, ele traz, ele é
Um pesadelo assustador

Sou a fera aprisionada
Os sentimentos reprimidos
A loucura desvairada
Sou teu abismo
Sou teu fim e teu começo!

Ele matará quem mais ama
Para matar a si mesmo

Sou o Alfa e o Omega
Sou a raiva e o ódio
Sou o amor e o desejo
Sou invencível e vulnerável.
Sou a Fera!

Só poderá o matar
Quem o amar

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