segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sozinho na noite


O peso das doze badaladas
Cai sobre meus ombros como um fardo terrível
A maldição da madrugada
A maldição da noite
Sozinho estou nessa eterna noite

Como um desesperado choro
Choro de agonia e angustia
As últimas luzes se apagam
As últimas velas se apagam
Estou sozinho nessa eterna noite

Os gemidos do silencio
Enlouquecem minha mente
O silencio me ensurdece
Todo esse angustiante silencio
A noite invade minha mente

A última vela exala seus derradeiros suspiros
O fogo treme errante
As sombras invadem meu quarto
Não, por favor, não
Não toda essa escuridão

Estou surdo
Em meio ao silencio
Estou cego
Em meio à escuridão
Estou sozinho na noite

O suor frio escorre por minha testa
Grito em desespero
Com ambas as mãos tento esmagar minha cabeça
Mas nada parece afastar
Essa eterna noite em que estou sozinho

Estou me afogando
Nesse mar de caos
Ninguém pode escutar meus gritos
Ninguém pode sentir minha dor
Estou sozinho nessa eterna noite

Tudo se foi
Os corvos voam sobre minha cabeça
As baladas riem com escárnio da minha desgraça
A noite urra aterradora em meio a todo o silencio
Estou sozinho na noite

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